O Fim do Silêncio

O Fim do Silêncio

Um silêncio dentro de mim – a destruição.

O medo que silencia o meu frágil coração.

A cruz pesada que dorme em minha cama,

Acorda comigo para outro dia da jornada.

Não lembro de ter visto flores no deserto,

Mas vi os pássaros voarem para o infinito.

E nem mesmo lembro como cheguei aqui,

Eu sei que as nuvens nunca mais voltarão.

Sou sedento daquilo que não existe mais,

As visões da escuridão que habita em mim.

Mas o vazio mata sua fome dentro de mim,

Enquanto eu permaneço o mesmo faminto.

As minhas palavras são ouvidas no inverso,

E busco vestígios do coração no meu peito.

Só meus anseios ainda insistem em pulsar,

Talvez seja a hora de quebrar meu silêncio.

Desfruto o silêncio que ainda possa restar,

E quem sabe encontro à paz aqui dentro?

Paz que não encontrei no que já existe...

A paz que usufruo apenas no meu silêncio.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 10/02/2014
Código do texto: T4685045
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