sargaços flutuantes
desenbocam
mar a dentro
mar a fora
jogando fios
teias e sanhas
marulhando ondejante
quebrando silêncios
nas curvas marinhas.
E, um cheiro vem e vai
frescor e maresia:
é meio-dia!
asas abertas
flamejantes - rasgam tudo:
águas, imensidão...
tessituras e prenúncios,
implosão arquejante - sacode
areia, terra e céus...
molhando, talhando tudo.
E, os sargaços macentos invadem
vertem e jogam aos ventos...
algas, conchas, siris,
carangueijos e infininto.
Todos dormem e morrem
como eu,
à beira-mar
mar a dentro
mar a fora
na praia dos sobejos
vuneravelmente...
mas, além do horizonte
uma jangada segue...
mar a dentro
mar a fora
nos braços do mar
na dança da hora
mar a fora
nos braços do mar
na dança da hora
na rede do dia
a fisgar poemas:
Sais, flores, e espinhos
para o poeta navegador
ao singrar solitário,
onde o vento ventou
curvou curvou
ventou ventou
e a poesia imersa,
extremada - capturou!
a fisgar poemas:
Sais, flores, e espinhos
para o poeta navegador
ao singrar solitário,
onde o vento ventou
curvou curvou
ventou ventou
e a poesia imersa,
extremada - capturou!