Moinho des-perdido
O mundo dá voltas e nelas a maré se espraia,
a música veleja em saltos e acorda no banho
o acorde do sim, falando amarelo de amor.
O mundo dá voltas em célula móvel, celular,
e se screen não toca a alma, inda há chama,
e atende ao chamado dum sonho a navegar.
O mundo dá voltas e o silêncio a par inspira,
e se o juízo da razão desvanece ou condena,
vem os poetas e puros bichos de corpo livre.
O mundo dá voltas e todas as cores se acham.
Permanece na mudança o beijo de arrebate,
o brilho dos olhos e, juntos, moinhos de sol.
Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).