Terceira partida?

A primeira lua chegou

Vinte dias de desdém,

A segunda, biênio se foi,

Terceira foi... e brilhou

Três eixos de sermão, vem

Para cá, infinda... como dói!

Para tão curta existência,

Cosmo firme, equilibro

Cada doce consequência...

Experiência? Porta que abro

Feito beira de precipício

Entropia, ao caos voo e sobro

Como folha de ofício

E se esvae, de repente, cada

Abraço, e poema, e vã prosa

Às primeiras dedicada,

Última... feliz, vitoriosa,

Figura complexa, Esfinge,

Flor, alho e sal, assim evolui

Ao mesmo tempo, airosa,

Com um ar que não atinge,

Olhar introspecto que flui

Um querer que se finge

Em cenário transformante

Como o verde que me tinge

No fundo da sua íris,

A vida a espera, naveguemos

Dois botes nos esperam

Neles quatro lugares

E outros tantos, e remos,

E água, e ar, e luz e canção,

E mente... e coração

E mente? Verdade? ... somos

Ovelhas-negras aos desenganos

Passados, futuros... não presentes

Aprendi com os anos e os manos!

Niedson Medeiros, 28/01/2014

Ilustre promessa que foste, fizeste-me enxergar com cada mínimo agir a força daquele que persiste, ao mesmo tempo, mostrando ser a bomba propulsora uma nave de energias jamais elucidada ou apresentada aos olhos do eu-lírico, bem como aos rumos sinestésicos ou de cunho audiovisual da mágica noite da revelação... Saiba que a mensagem teletransportada à aguçada audição consternou o poeta. Na verdade, não elucidada até hoje, mesmo evoluindo em processo captante, ofereço-te recursos sinestésicos a ouvir-te. Ofereço, agradeço (pressuponho?), e a astronave me espera, o baú aberto... tentativas em vão... vã rua de prata e lua... só me resta a poesia!

Dr Niedson Medeiros
Enviado por Dr Niedson Medeiros em 29/01/2014
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