Igualmente a Lua
Eu sou igualmente a lua,
De um sentimento infindo,
Ela flutua brilhante
Quando a noite vai caindo,
Cada vez mais luminosa,
Resplandece, vai surgindo,
Encanto o mundo e as noites,
Quando a gente está dormindo.
Ao clarear do dia ela,
Se despede e vai embora,
Ninguém fica com saudade,
Ninguém lamenta e nem chora,
Nem repara esta beleza,
Que some ao romper d’aurora,
Mas, meu coração reclama,
Quando ela se demora.
A lua é a luz de Deus,
E, nos traz grande emoção,
Quando se junta a família,
Apreciando o clarão,
Mas, ninguém não se preocupa,
Com noites que lá se vão,
Deixando certo vazio,
Cercado de solidão.
Assim sou eu, este pobre,
Nem poeta e nem cantor,
Trago esperança e carinho,
Cercado de muito amor,,
Tenho alegrias e perdas,
Que trazem bastante dor,
Mas, no final, não reclamo,
Por ter pequeno valor.