PRISÃO DE MEUS DEVANEIOS
Nesta sala, prisão de meus devaneios, existe solidão
e a noite mulata rebuça segredos
deixa ermo ao coração álgido
torna a vir um sentimento empedernido.
As horas se passam em lentidão
e me locomover faz-me ser objeto oculto
tirado da prateleira e posto à sombra, apartado
do mundo e do amadeirado que recobre o chão.
Há tanta estupidez lá fora
e adentro de meus lugares gélidos
só a repugnância me faz indiferente
mas deixado de lado e distante de quaisquer dito em questão.