CAMINHO

Minha sina segue meu rastro

Como um fio zombeteiro na noite

Sempre tecendo entre amarguras

Em descompasso o meu coração.

Como um reflexo no escuro

Cogitando em armadilhas

Galgando como um escarnio

Trilhando a própria desventura

Minh'alma já tragada

Esgueirada nem murmura

Esvaiu-se entre meus ais

Torturada em amarguras

O meu olhar perdeu o brilho

Turvou-se em escuridão

Da esperança perdi o fio

Que aquecia-me o coração

Como um grito no açoite

Chicoteado no além

Assim, destila a sorte

Traçada no meu caminho.