CAMINHO DOLOROSO
Devo seguir meu caminho
Doloroso, longo, sozinho
Com os pés descalços
Em cima de brasas e cacos
No sol ao dia
No gelo a noite
Noites longas e sombrias
Insônia e pesadelos me perturbam
Dores e febre me conturbam
Arrancando com as mãos nuas.
Pedaços de meu coração.
Foram estas ações tuas.
Que me transformam em lamentação.
Será que os deuses iriam se zangar,
Se um dia ficássemos juntos?
Um cavalheiro negro em seu corcel indomável.
Riem e relincham de minhas dores.
Enquanto morre aos poucos meu lado amável.
As coisas ficam sem cores.
Feliz deveria ficar.
E tentar te apoiar.
Mas as dores do coração.
Não me permitem tal aceitação.