CORAÇÃO DESPEDAÇADO

Seus olhos não me veem.

Seus ouvidos não me escutam.

Suas mãos não me tocam.

Seu coração não me tem.

Meu está corpo doente.

Minha mente demente.

Minha alma carente.

Tu ama outro em tua cama.

E guarda outro em teu coração.

Sobrevivo hoje, na esperança;

Por uma criança.

E com uma ilusão

Estou perdido...

A deriva no oceano.

Na mais densa das florestas.

No mais infinito dos desertos.

Na mais escura das noites.

Nenhuma mão pode me levantar.

Ninguém me ajudar, ver ou alcançar.

Devo lutar sozinho...

Contra mil apunhaladas em meu coração.

Pois as escolhas foram feitas.

As pedras arremessadas.

Vou vivendo.

Sobrevivendo.

Morrendo um pouco a cada dia.

Para quem sabe viver outro dia.

Poeta da rua
Enviado por Poeta da rua em 08/01/2014
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T4641317
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