CRUEL SOLIDÃO
CRUEL SOLIDÃO
Fernando Alberto Couto
Uma cortina rasgada,
naquela noite maldita,
foi tudo que restou...
Agora já não há nada
e nem Vênus acredita
que aquele amor acabou.
Mas, satisfeito, o ciúme
de braços com a inveja,
tripudia sobre a amargura
que ao coração consome,
enquanto o desamor festeja
o fim de uma paixão pura.
Agora resta um quarto vazio,
duas vidas destruídas
e uma flor, caída, no chão,
daquele velho casario,
onde almas desiludidas
encontram a cruel solidão.
RJ – 05/01/13
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Agradeço a interação da amiga, confreira e poetisa
Fernandes Diná Fernandes
Na quietude das horas mortas
Vejo apenas as paredes nuas
O coração quase não suporta
A partida. Essa dor não recua
Nada, nada mais me conforta...
O ciúme em ti fez morada
Monopolizou teu coração
N’ma decisão impensada
Como predador sem emoção
Destes assim por encerrada
Nossa história de amor.
Sozinho e sem domínio
Sem ânimo para transpor
Reduzido a esgarçados fios
Órfão do teu doce amor
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