Ainda dividimos o chocolate
Ainda atravessamos os cruzamentos
E entre os prédios com perfis de cimentos
Contemplamos pedaços de um lindo luar
Paramos num estacionamento
Do shopping center
E dividimos um café
Mas não tem mais beijos
Nem aquele antigo sentimento
O açúcar fica no fundo
Da xícara
Chegou o tempo em que o verbo
Amar
É um pretérito que vai se perdendo
Na conjugação da vida
Os lençóis dormem separados
Os cálices não se tocam
Nem os lábios frios de ar condicionado
Ainda trocamos à borda da xícara
De café
E tabletes de chocolates
Uns goles de chá
Mas os versos não são mais recitados
Nem a fita daquela antiga canção
Bolero de rosto colado
No antigo gravador
Rolou nunca mais
Ainda dividimos o chocolate
Foi o que restou dos doces lábios
Agora viajamos separados
E nunca mais nos encontraremos
Luiz Alfredo - poeta
Ainda atravessamos os cruzamentos
E entre os prédios com perfis de cimentos
Contemplamos pedaços de um lindo luar
Paramos num estacionamento
Do shopping center
E dividimos um café
Mas não tem mais beijos
Nem aquele antigo sentimento
O açúcar fica no fundo
Da xícara
Chegou o tempo em que o verbo
Amar
É um pretérito que vai se perdendo
Na conjugação da vida
Os lençóis dormem separados
Os cálices não se tocam
Nem os lábios frios de ar condicionado
Ainda trocamos à borda da xícara
De café
E tabletes de chocolates
Uns goles de chá
Mas os versos não são mais recitados
Nem a fita daquela antiga canção
Bolero de rosto colado
No antigo gravador
Rolou nunca mais
Ainda dividimos o chocolate
Foi o que restou dos doces lábios
Agora viajamos separados
E nunca mais nos encontraremos
Luiz Alfredo - poeta