Chovia
Chovia lá fora
Enquanto estava ele só
Olhando para o teto pálido
Sentindo na garganta um nó
Paredes vestidas de prateleiras
Com livros o qual nunca leria
Empoeirados como sua vida
Tão cheia, mas ainda vazia
O ambiente era escuro
Com apenas alguns focos de luz
Lá se misturava à escuridão
Lá mantinha sua cruz
Respirou um ultimo gole
Cantou sua canção favorita
Atirou-se em suas fraquezas
Vida aflita, vida maldita
Do recinto inclemente
Só um ranger se ouvia
Um ranger cruel e profundo
Que ecoava pela casa fria
Seu sapato largado ao chão
Sua cadeira jogada de lado
A corda estirada do teto
A dor em ritmo orquestrado
Chovia lá fora