Chovia

Chovia lá fora

Enquanto estava ele só

Olhando para o teto pálido

Sentindo na garganta um nó

Paredes vestidas de prateleiras

Com livros o qual nunca leria

Empoeirados como sua vida

Tão cheia, mas ainda vazia

O ambiente era escuro

Com apenas alguns focos de luz

Lá se misturava à escuridão

Lá mantinha sua cruz

Respirou um ultimo gole

Cantou sua canção favorita

Atirou-se em suas fraquezas

Vida aflita, vida maldita

Do recinto inclemente

Só um ranger se ouvia

Um ranger cruel e profundo

Que ecoava pela casa fria

Seu sapato largado ao chão

Sua cadeira jogada de lado

A corda estirada do teto

A dor em ritmo orquestrado

Chovia lá fora

Victor Sama
Enviado por Victor Sama em 27/12/2013
Código do texto: T4627245
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