A loucura é um anestésico.
A dor cessa sem razão.
E como se o tempo parasse totalmente.
Os signos paralisavam em sua
trajetória semântica.
E o silêncio e a inércia
inundam os pensamentos.
E tudo que antes fazia sentido e
se encaixava perfeitamente
Parecerá um dodecaedro
Multifacetado e cortado pelas
luzes mais distintas.
Fragmentado e confuso.
A loucura é um anestésico.
Cortam-se as ligações com
o presente, a realidade ou afeto.
O louco não precisa de afeto.
Não precisa do reconhecimento.
E nem do outro.
O outro é apenas um ponto externo
perdido num mar de referenciais
ultrapassados.
Escritos na areia prestes
a ser apagados pelo mar da angústia.
Os olhos se voltarão para dentro.
A procurar no horizonte interior,
as razões e desrazões.
Os degraus e as rampas onde deslizam
a lógica e a metafísica.
No bumerangue da memória
Não importa mais se passou,
se passa ou, se ainda passará
O tempo nem existe.
A convenção de ser e estar é
irrisória. Inepta.
Não serve para nada.
Cadeiras não servem para sentar.
Mesas não servem para comer e pôr os pratos.
Móveis, roupas e óculos são dispensáveis.
A visão ou o borrão não precisa coincidir
Com o que é visto ou percebido.
Sentimentos são monumentos como Himalaia.
Precisam ser escalados.
Vencidos.
E depois de rotos e rasgados pela
simplicidade óbvia da lucidez.
Remendamos o mosaico das visões.
Apreciamos o caleidoscópio que
misturam emoções e palavras.
Cenas e músicas.
Falas e olhares.
E, no filme nostálgico do passado
viajamos no foguete do futuro.
A olhar pela janela
E nos sentimos passando junto com
a paisagem a se despedir continuamente
de nossa estória.
A deixar reticências como
vestígio de humanidade.
A dor cessa sem razão.
E como se o tempo parasse totalmente.
Os signos paralisavam em sua
trajetória semântica.
E o silêncio e a inércia
inundam os pensamentos.
E tudo que antes fazia sentido e
se encaixava perfeitamente
Parecerá um dodecaedro
Multifacetado e cortado pelas
luzes mais distintas.
Fragmentado e confuso.
A loucura é um anestésico.
Cortam-se as ligações com
o presente, a realidade ou afeto.
O louco não precisa de afeto.
Não precisa do reconhecimento.
E nem do outro.
O outro é apenas um ponto externo
perdido num mar de referenciais
ultrapassados.
Escritos na areia prestes
a ser apagados pelo mar da angústia.
Os olhos se voltarão para dentro.
A procurar no horizonte interior,
as razões e desrazões.
Os degraus e as rampas onde deslizam
a lógica e a metafísica.
No bumerangue da memória
Não importa mais se passou,
se passa ou, se ainda passará
O tempo nem existe.
A convenção de ser e estar é
irrisória. Inepta.
Não serve para nada.
Cadeiras não servem para sentar.
Mesas não servem para comer e pôr os pratos.
Móveis, roupas e óculos são dispensáveis.
A visão ou o borrão não precisa coincidir
Com o que é visto ou percebido.
Sentimentos são monumentos como Himalaia.
Precisam ser escalados.
Vencidos.
E depois de rotos e rasgados pela
simplicidade óbvia da lucidez.
Remendamos o mosaico das visões.
Apreciamos o caleidoscópio que
misturam emoções e palavras.
Cenas e músicas.
Falas e olhares.
E, no filme nostálgico do passado
viajamos no foguete do futuro.
A olhar pela janela
E nos sentimos passando junto com
a paisagem a se despedir continuamente
de nossa estória.
A deixar reticências como
vestígio de humanidade.