A solidão de um homem só

Esqueci o seu lindo nome

Mas, me lembro do sobrenome

Eu te perdi, mais não chorei

Eu te amei e agora eu não sei

Porém, ao te ver nos braços de outro ser

E sem saber ao menos quem eu sou

Me deixou com sede, me mato de fome

Mas, alimentou outro homem

Saciando a sua sede de desejo...Me deixando no desprezo

Com um beijo e um até breve e nunca mais...

E virou estátua de sal sem olhar para trás

Mas, quem ficou paralisado fui eu

Foi embora, sem saber qual o rumo

E agora, com calma um cigarro fumo

Sentindo a nicotina do adeus

Entre meus dedos o perfume permanece

Entre os meus olhos, por de trás da mente que não esquece

O que eu tanto quero esquecer, a tristeza camuflada no sorriso

Que agora com Whisky, meu riso se retira

Ao dizer meias verdades e ouvistes grandes mentiras

Buscando a lembrança, no deserto da saudade

Nadando nas correntes de areia e resgatando a vaidade

Agora torno tornados em tormentos de um temporal

Parece um conto de fadas, mas é a vida real

Não é princesa, não há príncipe,

Mas, quem é o vilão? Quem é o cúmplice?

Quem eu sou se já não sei?

Se existem os dois lados da moeda

A corda bamba, corda que arrebenta

O lado largo que mais aperta

O espírito forte, a carne fraca

Alguém que escorrega e carrega

Uma única ferida aberta

A consequência de ter ido embora

Sem ao menos, dizer adeus...

Enfim, que triste fim e que inicio doloroso

A solidão de um homem só

Só está apenas começando

Aos olhos de quem lê

O pacto do impacto

Para fugir do clichê

Realmente houve dor

Alguém se matou de amor

Mas, prefere continuar vivo

“A poesia nos salva”