A MÃO E A IMAGEM
No ruidoso silêncio da bonança
Ficou guardada a nítida imagem
Pura e cristalina crua na lembrança
Da mão a tocar ardente mensagem
Estendida acolhedora em fiança.
Evaporou-se noturna silhueta
Vazia a mão solitária se fechou
Espalmada e só em triste sarjeta
Sem o envelope que inútil guardou
Tal crisálida sem a borboleta.