Bebendo Um Copo de Conhaque.

Esse gosto amargo e corrosivo descendo em meu peito

Queimando meus pulmões e deixando minha respiração mais pesada

Penso bastante em que caminho estou seguindo

Acho que não existe luz alguma no final...

Apenas escuridão!

Ela que novamente me abraça e me acolhe

Ela que me tortura e me faz sentir quão miserável eu sou

Mais um gole de conhaque...

Dessa vez escorre um pouco em minha barba mal feita

Limpo e sinto esse cheiro melancólico da solidão

Só essa garrafa pela metade e meu copo quase vazio

Não mais que meus pensamentos

Se tentei ser o melhor para as pessoas,

Vejo hoje que fracassei

Não adianta o que você faça de bom

Você sempre magoa alguém e sempre será magoado

Faltam mais dois goles e encaro meu copo...

Nunca notei o quanto é belo esse conhaque.

Nunca notei o quanto sinto ódio de algumas coisas

Nunca notei o quanto fui idiota

Em pensar que tudo pode voltar ao normal

Termino esse copo tossindo minha embriaguez

Sinto minhas veias queimarem enquanto me deito no chão

Não sei se sou o que pensei o que era

Ou o que me tornei

Sou um poeta miserável...

Bêbado e solitário

Felipe Pinheiro Braga
Enviado por Felipe Pinheiro Braga em 05/12/2013
Código do texto: T4599722
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