Bebendo Um Copo de Conhaque.
Esse gosto amargo e corrosivo descendo em meu peito
Queimando meus pulmões e deixando minha respiração mais pesada
Penso bastante em que caminho estou seguindo
Acho que não existe luz alguma no final...
Apenas escuridão!
Ela que novamente me abraça e me acolhe
Ela que me tortura e me faz sentir quão miserável eu sou
Mais um gole de conhaque...
Dessa vez escorre um pouco em minha barba mal feita
Limpo e sinto esse cheiro melancólico da solidão
Só essa garrafa pela metade e meu copo quase vazio
Não mais que meus pensamentos
Se tentei ser o melhor para as pessoas,
Vejo hoje que fracassei
Não adianta o que você faça de bom
Você sempre magoa alguém e sempre será magoado
Faltam mais dois goles e encaro meu copo...
Nunca notei o quanto é belo esse conhaque.
Nunca notei o quanto sinto ódio de algumas coisas
Nunca notei o quanto fui idiota
Em pensar que tudo pode voltar ao normal
Termino esse copo tossindo minha embriaguez
Sinto minhas veias queimarem enquanto me deito no chão
Não sei se sou o que pensei o que era
Ou o que me tornei
Sou um poeta miserável...
Bêbado e solitário