DOCE AMARGO... A VIDA.
DOCE AMARGO... A VIDA.
O tempo passa estático estou,
Mergulhado, afogado no meu ser.
Como folha seca o vento espalhou,
Caminhar sem rumo por que?... Pra que!
Acordar, comer, se deitar não durmo,
Cotidiano vazio sem construção.
Dia claro é noturno,
Tateando no sol da escuridão.
Busca frenética corrida assusta,
Mundo individualizado em competição.
O meu o seu é sorteio é disputa,
Palavras ou gestos, lavas da erupção.
Fumaça da ira sufoca, lacrimeja,
Olhos que choram sem querer.
Por fora sou cinza, a alma carqueja,
Doce amargo, sobreviver pra que!
DFERRER – 27/11/2013