A CORTINA NEGRA DE IDEIAS PRESAS AO NADA
Por que choramos?
A maldade está presente todos os dias...
Agora só me resta a penumbra,
Assombrando minhas idéias tão inquietas,
Deixando escapar os gemidos intensos,
Outrora tão tenros, hoje tão pagãos...
Tornei-me um tanto profano!
Onde se esconde agora o medo da solidão?
Detrás do silêncio surgem momentos vazios
Que junto com a imensidão devastadora,
Roubando-me os segredos;
Roubando-me as fantasias...
Por que choramos?
A inquietude mistura-se ao caos...
Sinto tanta dor;
Sinto tanta paixão;
Sinto tanta saudade;
Sinto tanto medo...
Risco numa folha de papel
Alguns dos meus sentimentos,
Pinto a escuridão com um pouco de luz
Criada das idéias que insistem gritar...
Quebro um prato, uma xícara;
Quebro o silêncio querendo perpetuar
O hoje de agora que está findando,
Nos segundos que parecem inacabados...