Anônima
Minha vida é repleta de cheiros, de cores, sabores
E às vezes, toques que nem sempre sinto...
Assim como toque do vento, o cheiro de saudade,
O gosto do beijo, que nem sempre é doce...
Minha vida é repleta de pó, de flores, rumores,
Uma explosão quase atômica
De partículas que agarro no ar.
É que a minha vida não é fácil de se dar...
Ela é minha, mas tão minha,
Que se esconde na privacidade,
Esvai-se no ar como a neblina,
Que esconde a beleza das manhãs,
Com medo de buscar a felicidade.
Minha vida é um disfarce simples,
Que nunca chama atenção de ninguém.
Reclusa nesse corpo, tão franzina,
Jamais se aproxima de alguém...