MURALHAS DA SOLIDÃO.
Amador Filho.
A noite avança tenebrosa e ameaçadora!
Fico envolvido pelas muralhas da solidão
Que devagar, numa ação devastadora,
Deixa-me preso a incontrolável febricitação.
Não aceito essa condição estarrecedora
Por não entender o motivo desta situação,
Que me provoca essa agonia abrasadora,
Levando-me a essa terrível desesperação
Vivo triste, abandonado e tão sozinho,
Com minhas dores neste crucial caminho,
Sem ter sequer a companhia de um cão,
E a solidão apunhala este peito desgraçado,
Que implora pela morte, desesperado,
Como forma misericordiosa de libertação.
Santa Luz, 21 de novembro de 2013.