CINZAS
... Mira o prumo do pardal cinza... momentos não são mais que cinzas... cinzas dos meus pensamentos, feitio débil de minhas emoções por uma página que vira, a cada gosto, a cada cinzel que talha, pensamentos meus, cinzas ou amarelos, nostálgicos ou amarelados como outra lauda que me recorde. Enfim, é poesia de plenos pulmões, cinzento, nicotinado, embriagado do viver, indigno das cinzas literais ou viscerais que um dia a mácula do teu jardim irá crer... Somos cinzas invernais de trejeitos abissais que o choro, aquele antigo, que cessa, que incensa, que transpassa e rutila apenas hoje as minhas belas cinzas... Segue ao vento... segue a cinza ao relutar...