QUEM SABE A SORTE
Desprovido de ânimo
meu coração enlanguesceu
Fatigado pelo tempo
meu coração esmoreceu
Desiludido com os homens
meu coração enrijeceu
Meu coração cansou-se
de ser súdito da vontade de outrem
Sinto o seu ardor arrefecer
o seu rúbido empalidecer
Nem mesmo a poesia
pode salvá-lo da morte
Quem sabe a sorte?