DESLEMBRANDO DE VIVER
Esqueci-me do meu eu
E do mais profundo desejo
De se amar a vida
Pelo não viver
Por pura falta de tempo
O limiar da vida, ceifado feito aborto.
Verdades tristes de um mundo capitalista,
Vivendo feito anjo torto
Do teu voo imperfeito deixa pistas
Com urgência tão somente monetária
E a necessidade em comprar o pão
faz do ser inocente
Uma engrenagem animal
Deslembrando de alimentar a alma
Em vida paga
Nada transcendental
Posso até ser contra o sistema
Mas sem capital na há como bancar o sonho
Sobreviver assim, só mesmo vale a pena
Quando versos habitam num pensamento tão tristonho