Outono
Ofegando em acalorado aperto
Sem mais que o refresco do suor
Todo o resto deserto e rarefeito
Embaçados olhos pro redor
Num frescor primaveril
Que floresce em mim o que não sei
Em adrenalina de cheiros e cores
Esperançoso, me pintei
Outra paisagem abstrata, sem vida
Despetalada por um amor surrealista
Em queda livre de obra-prima perdida
Jogado por entre as folhas como um inseto qualquer
Antecipei outono
Me fechei pro frio que vier