Minhas madrugadas...

Em minhas longas madrugadas

Eu sou aquela que te espera

Abro a janela e choro as angústias

Da saudade que em mim impera.

Tomei do teu vinho, bebi na tua fonte.

Tentei sonhar contigo em novos horizontes

Mas tudo não passou de uma grande ilusão

Ando agora ao léu, caída em meu próprio chão.

Te ti não espero mais nada, meu camarada.

Quero sim encontrar comigo mesma

Tentar caminhar em outras paragens...

Como companhia, quero a minha sombra.

Pois ela caminha calada e não me assombra.

Sangrando, com o coração partido eu vou.

Levo a saudade, doença que não se cura.

Saudade de um doce tempo que passou

Da alegria que tristeza virou e perdura.