Dorme, dorme o passarinho.

E abre o seu biquinho

Para dizer... “ai que soninho”

Nesta estupida tristeza

Os seus olhos tão sereno

Brilham como a luz do luar

Sem saber que os seus sonhos

Se, fecharam numa manhã,

De um verão desesperado.

A criança, na gaiola te prendeu.

Com um gesto tão profundo

Agarrou-te, entre os dedos, finos.

E berrou desesperada

Te peguei... Te peguei!

E num abalo pavoroso

Lentamente adormeceu.

Neire Lu Couto

25/10/2013

Neire Lú
Enviado por Neire Lú em 31/10/2013
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