Ventania

Vento que me traz alegria
Ventania que me eleva de paz
Leva d’minha alma voraz agonia
Pelos ares me eleva fugaz

Ao nascer me enche de luz
Ao viver contemplo assim minha cruz
Ao envelhecer entenderei viver
Ao morrer aprenderei renascer

Vento que me conduz
Esperança feita de vento
Brisa fria que á mim seduz
Tocando minha pele com o tempo

Vento que é meu presente
Ao descontento da Minh ‘alma sedenta
Com respingos de tinta pungente
Ar fresco que minha pele antessente

Fazendo de mim uma silenciosa capela
Pintada por afrescos no teto
Espiando-me meu olhar sobre a tela
Refazendo meu destino incompleto

Ventania que me sopra com fome
Queimando meu in como chama de vela
Lentamente ela assim me consome
Soprando-me amor de uma forma tão bela

Sonia Son Dos Poemas