Outono, esse algoz
As folhas secas que caem,
Outra já caídas no chão.
Aquelas que são levadas
Pelo vento, bem como
Aquelas que estão amarelando
Ainda presas à árvore mãe
Buscam meus olhos e franzem
Meu cenho.
Minha alma vê o silêncio
Que paira sobre todas elas.
O doutor prescreve um calmante.
A dose da felicidade que o
Cérebro não mais produz
Porque é outono.
A primavera logo vem e,
Vai acalmar o grito da alma
Que desespera ao perceber
Suas folhas se desprendendo e,
Pouco a pouco caindo ao chão.