NÃO MAIS DO SULTÃO!
Vivemos em lugares eqüidistantes.
Caminho desigual, sem sequer trilha.
De ti tenho sal e mascavo reticentes.
Inóspito desterro de uma lembrança.
Tenho inveja das ondas que te enleiam
daquela brisa mansa que te acompanha.
Dos seus passos lentos pela areia morna,
dos braços de tantas que te pleiteiam.
Irada fico com o sol que te bronzeia
do olor que pelo seu corpo passeia.
Imagino os ósculos que te entregam:
Em ritual de oferendas profanas.
Se o universo conspira a seu favor,
foi enviado por mim, em lamentação.
Nas sombras do meu coração, amo!
Mas não serei jamais daquele Sultão.