O rio leva...
Teu afeto conflita comigo
porque o teu sorriso é falso
e o teu abraço,
cego de qualquer sinceridade.
A estrada perpassa
e teus passos não têm graça
para me fazer ir...
nenhuma esperança renasce
entre nossas mãos
e, assim como um rio,
tudo de nós desce em franca correnteza,
lavando o chão...
para que em matando as nossas sedes,
sejamos felizes novamente
entre a nascente e a foz de um mesmo engano.