Fumei,
Outra vez, novamente. Em uma ocasião diferente, mas a mesma sensação.
Sensação de vazio mesclada de plenitude, de atitude que a lugar nenhum leva ser algum.
Não é melhor sensação, mas não se compara com a pior, não é sensação alguma.
Uma fumaça, composta de nicotina e outras mil coisas.
Ou só uma erva natural.
Vai de você.
Sai de você.
Vem pra você.
Fumei,
E não enfartei, não desejei nem ao menos pensei, mas fumei.
Sendo eu mesmo ou uma projeção estranha do que pode ser eu, fumei.
Transei a tristeza com indifrença e estou em constante mudança. É a vida.
Fumei, com intenção ou sem. Mas fumei.
E não vem isso ao caso, não agora, talvez, nunca.
Fumei,
Sem amor, sem dor, sem arrependimento, apenas fumei.
E não há palavras para descrever o ato.
Faz-te ter a sensação de estar a dominar algo, mas na verdade é o contrario.
Fumei,
E não parei, ainda não.
Mas fumei,
E isso é tudo. Fumei.