ao vento que vem de tarde
frio quente na espinha dorsal de uma letra morta do canto
direito de um canto de morte para uma árvore dormindo com as lágrimas
de um saci perdido entre duas bandeiras
do lado do canto direito de um canto de morte
o sol abre a boca para tentar engolir o dia em que a terra parou de respirar os últimos ventos que deus comprou com uma nota suja de sangue fresco de um porco pecador
que na hora da ave maria
deitou a cruz da igreja
na cama redonda de um motel barato do inferno.