ao vento que vem de tarde

frio quente na espinha dorsal de uma letra morta do canto

direito de um canto de morte para uma árvore dormindo com as lágrimas

de um saci perdido entre duas bandeiras

do lado do canto direito de um canto de morte

o sol abre a boca para tentar engolir o dia em que a terra parou de respirar os últimos ventos que deus comprou com uma nota suja de sangue fresco de um porco pecador

que na hora da ave maria

deitou a cruz da igreja

na cama redonda de um motel barato do inferno.

fred albano
Enviado por fred albano em 09/10/2013
Código do texto: T4518051
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