Sólida.

A Poesia,

De longe,

Vazia,

De onde?

Não de mim,

Vem assim,

Sem graça,

Na praça.

A tristeza,

A represália,

A vingança,

Parece vaga,

Nada tem seu sentido,

Se sai de um ouvido,

Para outro suspiro,

Só, lamento.

A vida passou,

A morte passou,

O mundo parou,

Eu fiquei aqui.

As rimas sem sentido

Levadas ao vento,

Pelo vento elas vão,

Pelo vento tudo vai em vão.

E eu aqui parado,

Sem meu carro,

Sem escarro,

Que solidão!

Adilson Fabbri
Enviado por Adilson Fabbri em 07/10/2013
Reeditado em 08/10/2013
Código do texto: T4515296
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