O Estranho Sem Nome
parado no campo deserto de um dia frio de verão
gosto do vento na curva direita de uma porta trancada com os gritos
desconhecidos
entre dois cavalos de corrida
o homem tira uma bala de prata
do coração mutilado por um avião desgovernado
bebo a agua da chuva
e tento cantar uma canção de ninar
para uma pedra fria que sabe contar todos os segredos do mundo podre
tiros e tiros na escuridão do oeste
um cadaver implora um uma gota de agua do inferno
mas vou terminar a noite
vou testemunhar contra o juiz que acredita na verdadeira justiça cega
muda
e burra
não quero ver o fim de um dia vermelho sangue
o martelo grita de dor
com o resultado da impunidade
o heroi cometeu suicidio
depois de ver a realidade nua e crua
estampada na flor de plastico
e assim o numero vai dormir
e orar muito
muito mesmo
para acordar bem morto.