O Estranho Sem Nome

parado no campo deserto de um dia frio de verão

gosto do vento na curva direita de uma porta trancada com os gritos

desconhecidos

entre dois cavalos de corrida

o homem tira uma bala de prata

do coração mutilado por um avião desgovernado

bebo a agua da chuva

e tento cantar uma canção de ninar

para uma pedra fria que sabe contar todos os segredos do mundo podre

tiros e tiros na escuridão do oeste

um cadaver implora um uma gota de agua do inferno

mas vou terminar a noite

vou testemunhar contra o juiz que acredita na verdadeira justiça cega

muda

e burra

não quero ver o fim de um dia vermelho sangue

o martelo grita de dor

com o resultado da impunidade

o heroi cometeu suicidio

depois de ver a realidade nua e crua

estampada na flor de plastico

e assim o numero vai dormir

e orar muito

muito mesmo

para acordar bem morto.

fred albano
Enviado por fred albano em 05/10/2013
Código do texto: T4512334
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