INSÔNIA
INSÔNIA
Nas madrugadas de sonos perdidos
saio pela noite a caminhar
sem pressa, sem destino, por companhia,
a insônia , castigo de quem vive aos dias trocar...
Horas, dias, semanas, ou meses
de quem tem muito a recordar
sou mais um, perdido na noite
meus pensamentos, e um caminhar...
A insônia, atual companheira, de braços dados
é meu par, juntos, a ermo andamos, na noite
embora tementes, não nos preocupamos
dos vícios das horas, o dia chegando...
Nas calmas avenidas, de transito ausente,
nas esquinas , paramos, seguimos em frente
não temos destino, a noite é criança, sem lar,
delinqüente e indiferente, insônia aparente.
Nas calmas passadas, o sono não chega
as horas tardias, passadas, não bastam
pra afastar sem demora, o dia que chega
o amanhecer que aflora
Madrugada que finda, o raiar da aurora
mais um dia, insônia nefasta
que passo acordado, esperando a hora
do dia chegar, para eu ir embora...
Caminhante da noite, insônia presente
nem sei o que penso, chegada é a hora
aos braços de Morfeu me entregar,
o bom sono curtir, não me sentir levantar...
Caminhante da noite...
Julio Piovesan