Criatura vivida
Ando pelas ruas, não vejo nada.
Olho para o céu e vejo a gigante
Lua, olho para os espaços e eles...
Estão vazios, vazio está o mundo.
A minha vida está nas ruas que
Andei, no céu que voei...
Nos espaços que ocupei.
Eu sou um objeto, um objeto,
Que a vida soube desprezar.
Eu sou uma estrela que conseguiu
Reluzir pelos céus mais nebulosos.
Eu sou uma criatura.
Que apesar da feiúra,
Sabe amar.
Sabe sentir.
Sabe ferir.
Sabe magoar.
Sabe rir.
Sabe chorar
Sabe viver.
Sabe sofrer.
Sabe morrer.