ARIDEZ

Hoje a aridez tomou conta do meu coração e estou perversa em meio a ela. Não estou dócil como menina alegre a brincar com trejeitos de pureza.

Estou árida... Juntas, nos desafiando...

Pareço até planta daninha no deserto, insistindo e provando sobreviver, até um dia tentar florescer de novo... com esplendor...em meio a dor...

Mas, por que me recuso hoje a florescer na adversidade amiga?

E se a primavera não vier a colorir o meu riso?

E se a chuva não vier molhar e se misturar ao meu pranto?

E se a doçura não vier povoar novamente o meu canto, como acalanto?

Mesmo assim não florescerei em um novo tempo? Recusarei eu agora, a ser Cíclica?

Será que permanecerei ainda bela e viçosa na aridez dos meus conflitos? Ou, o meu coração não jorrará nenhum oásis em meio a ela...?

Patos, 01 de outubro de 2013. 18: 40hs

Fátima Arar
Enviado por Fátima Arar em 02/10/2013
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