Porque nem tudo são flores...
Corria e não saía do lugar
Fugia de algo,
infelizmente, não sei lhe dizer.
Do que eu fugia?
Para onde eu corria?
Fugia do medo da escuridão
Corria para o escuro da minha mente
E cada vez mais, eu me escondia.
Me afundava no profundo infinito.
Um infinito desconhecido
E cheio de mistérios
E cada vez mais, eu desvendava a escuridão.
Eu me encontrava em um poço sem fundo
Onde eu caía e cada vez mais,
aquela luz, desaparecia.
Não via nada, somente escuridão.
Não escutava sons, nem o meu coração.
Não me sentia, nem podia me tocar
Estava paralisada, presa num infinito desconhecido.
Onde somente as trevas reinavam.
Onde somente o desconhecido tinha poder.
"Antes eu costumava dizer, ao terminar de ler esse poema: Até hoje, creio que não saí da escuridão. Somente meus olhos, enxergam, o que não existe."