LUZES DA SOLIDÃO

Ainda revirando meu baú, encontrei:

LUZES DA SOLIDÃO

Sônia Rêgo

A noite chega, de mansinho.

As luzes vão se acendendo.

Pessoas se recolhendo em seus lares,

Outras se arrumando nos bares,

Academias, baladas e muito malho.

Algumas correndo para o trabalho.

Muitas em plena solidão,

nem acendem as luzes

e permanecem na escuridão.

O silêncio, que até incomoda,

parece aumentar o sofrimento

de alguém que vê a noite chegar,

sem ter ao seu lado um alento.

O medo de ver as luzes acesas...

Parecem contraditórios,

mas para quem está solitário

é melhor não ver, sofreguidão

na amplidão de seu quarto,

a terrível presença da solidão.

SP – 03/02/11

Sônia Rêgo
Enviado por Sônia Rêgo em 12/09/2013
Reeditado em 31/10/2013
Código do texto: T4478812
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