A ostra
Eu,
ostra que sou
ofertei-te minhas perolas
e as riquezas do meu coração...
mas não,
achaste pouco,
preferistes as ilusões do mundo mundano
e partistes em vão
para viver de mão em mão,
garimpando desejos
em prazeres frívolos
que em nada lhe felicitaram,
tão pouco lhe concederam o sabor de um beijo...
Eu ostra,
recolhido em um canto
chorei sobre minhas perolas
a dor de uma rejeição
sorvendo a tristeza e a solidão...
É, realmente,
só quem já se fechou para o mundo
poderá me entender
e compreender a amargura
presente persistente pertinente
pulsante em meu coração!
2013