A ostra

Eu,

ostra que sou

ofertei-te minhas perolas

e as riquezas do meu coração...

mas não,

achaste pouco,

preferistes as ilusões do mundo mundano

e partistes em vão

para viver de mão em mão,

garimpando desejos

em prazeres frívolos

que em nada lhe felicitaram,

tão pouco lhe concederam o sabor de um beijo...

Eu ostra,

recolhido em um canto

chorei sobre minhas perolas

a dor de uma rejeição

sorvendo a tristeza e a solidão...

É, realmente,

só quem já se fechou para o mundo

poderá me entender

e compreender a amargura

presente persistente pertinente

pulsante em meu coração!

2013

Marcos Horto
Enviado por Marcos Horto em 08/09/2013
Código do texto: T4472524
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