“NOITES”
Ah! Se o céu estrelado pudesse contar
Quantas foram as vezes que eu o namorei
Em segredo para a Lua confessei
Coisas que só sabe o coração...
Ah! Noites cruéis e sem piedade
Sempre dão um jeito de aumentar a saudade
Acordam a solidão e lhe dão total liberdade
Para brincar em sua imensidão...
Por que és, céu escuro, tão mau comigo?
Cansaste de ser meu amigo?
Manda para cá uma estrela cadente
E que ela venha ligeira, de repente
Em minha direção...
E que ela esquente esse corpo que te contempla
E que acalente, e que preencha essa carência
O vazio que ficou quando foi-se embora o Amor.