Eternamente!
Eternamente!
Lá longe, no vale
sob o arvoredo florido,
pés descalços no tempo.
Lá, esperarei por ti.
Ficarei ouvindo o vento,
mirando as nuvens,
adivinhando as horas...
É assim esperarei por ti.
E não importa nada!
Quanto tempo seja,
ou qual caminho venhas...
Ali esperarei apenas.
Nem a incerteza,
investidas de feras noturnas
ou intuição malsã
dali me afastará.
E, caso eu morra
nesta espera eterna,
de certo minh'alma
ainda te esperará.
(Marisa Rosa Cabral)