Devaneio

Quando ela desfila

exalando poesia

a mente se destila

e confunde sentimentos

Se afoga em uma mar abstrato

enrola-se entre laços e trapos

que mesmo invisíveis

impendem de caminhar

Olhos sangrando

A caneta chorando palavras no papel

A visão turva apenas acompanha os borrões que vê

Não enxerga os versos

Mas os sentimentos concretos consegue sentir

E ao final de tudo, rasgo a folha, amassa, e apenas sorri.