Sem luz
Amor da vida mau amada
a nau da tempestuosa malha
num fortuneo de bronze
que tece a fábula com uma bússola falsa
onde o ouro almejado
pré existe na cede
de um rélis viver sem armas
mensurada pelo desejo
de pura prolépse de contos
como uma estrela no olhar de criança
que faz da esperança
dar-se com os ombros
pelo desespero da vida
pelo toque e não pelo espectro
de um ser que espera a chuva
pra levar as areias de seu eu deserto
amor da vida mau amada
cheia de vida onde moram as cruzes
onde moram as flores e as lágrimas
onde mora a vida
fria
apenas uma fabula.