Imerso na Saudade
Não teria mais tuas longas
Melenas
Apenas a lembrança da cor negra
Das asas do corvo
E da graúna e seu canto de saudade
Não teria mais o seu olhar
Que salpicava teus longos cílios
Como os talhes das palmeiras
Do açaí e do patuá
Não teria os teus lábios
De mel
Tão doces como um provérbio
Declamado
Como um deserto de tâmaras
Como um verde canavial
Mas o mar
Orlado por suas longas praias
De solidão
Levaram-me a mergulhar
Neste universo
Eu e meu violão
Sabendo que nunca mais
Encontrar-nos-emos
Seremos dois grãos a viajar
Separados
Por toda eternidade.
Luiz Alfredo - poeta
Não teria mais tuas longas
Melenas
Apenas a lembrança da cor negra
Das asas do corvo
E da graúna e seu canto de saudade
Não teria mais o seu olhar
Que salpicava teus longos cílios
Como os talhes das palmeiras
Do açaí e do patuá
Não teria os teus lábios
De mel
Tão doces como um provérbio
Declamado
Como um deserto de tâmaras
Como um verde canavial
Mas o mar
Orlado por suas longas praias
De solidão
Levaram-me a mergulhar
Neste universo
Eu e meu violão
Sabendo que nunca mais
Encontrar-nos-emos
Seremos dois grãos a viajar
Separados
Por toda eternidade.
Luiz Alfredo - poeta