SOLIDÃO
Sorrisos murcham por medos
sonhos perdem seus sentidos
(...) vento lunar não traz bons gemidos
apenas um frio mesquinho
uma da emoção com desalinho
uma nuvem de contradição
o silencio julga o coração
o sentir aperta-se na solidão
mil são as razões
desejos, intriga e paixões
o belo brota, mas a névoa lhe quer ofuscar
como pode assim o mar encantar!?
se os laços rompem-se no silêncio
que atormenta toda hora!
como pode o sol brilhar!?
se o arco que lhe envolve o descora!
como pode a lágrima chorar!?
se os olhos secaram de tanto esperar!
o sentir atrai o fel
e inspiração perde o gosto de mel
lápis já não pintam no papel
os espinhos perduram no amanhecer
e os beijos da lua já não traz o belo prazer
como pode, desse querer o tempo viver!?
Se quanto mais procuro compreender
mas pareço não entender!
Julgo-me só…!?
Com o silêncio e o ego
a razão esconde-se
e a solidão põe-me cego,
será que um dia vocês me vão entender!?
Não precisam responder
pois já sei onde me esconder!!