Do afago

Pode julgar essa fuga

Hoje nada mais importa

Só teu riso estampa o delírio

Apenas o abraço conforta

Rosa dos ventos sem norte

tua complexa autonomia carente

desenha na pele as certezas

de um filósofo outrora dito demente

Na vaga promessa de abrigo

a batalha contra a ilusão consome

E da fúria dos dias resta o afago

que dedico em versos com seu nome

Então vá se tiver que ir, mas volta!

Já não resta medo da palavra que corta

Quero viver o segundo ao limite

Pois, hoje, nada mais importa.

Luiz Otávio Esteves
Enviado por Luiz Otávio Esteves em 28/08/2013
Código do texto: T4455026
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