Do afago
Pode julgar essa fuga
Hoje nada mais importa
Só teu riso estampa o delírio
Apenas o abraço conforta
Rosa dos ventos sem norte
tua complexa autonomia carente
desenha na pele as certezas
de um filósofo outrora dito demente
Na vaga promessa de abrigo
a batalha contra a ilusão consome
E da fúria dos dias resta o afago
que dedico em versos com seu nome
Então vá se tiver que ir, mas volta!
Já não resta medo da palavra que corta
Quero viver o segundo ao limite
Pois, hoje, nada mais importa.