Mesmo que não vejas...
Procuro-te no infinito da noite quando a escuridão ousa fechar meu olhar
Raios de sol refletem lentos pela madrugada e a constante ausência invade a imensidão
Dormir a dor, ninar a falta, esquecer passado e recolher vazios,
Nos bolsos as tristes lembranças de quimeras rasas, de olhar poente e de morte amar
Sobreviva!
O horizonte espreita uma fresta aberta, sobreviva e vá
Refinando o tempo, tapando a cor...
Tão esquecida, tão perdida, tão violada pelo temor
Procuro-te mesmo que não vejas, mesmo que não sintas
E desperto o sal que me queima a face,
Que me arde o olhar...