Lugar nenhum
Deslizando minha moto por paisagens áridas,
sentindo o vento do deserto queimar minha pele,
correndo sobre rodas em um asfalto sem fim,
na pulsação de uma solidão constante,
seja como for, estou seguindo para lugar nenhum...
Discursos foram proferidos derramando palavras vazias,
retirei a gravata que enforcava meus sonhos,
abri as portas de uma prisão de corpo e mente,
agora vago sem rumo por caminhos tristes,
tentando encontrar algum sentido à minha frente...
Deixando para trás um passado de memórias dolorosas,
tolhendo angústias que teimam me habitar,
desviando de quedas em meus erros de percurso,
faço uma curva em meus sentimentos destroçados,
procurando uma vaga para estacionar minhas desilusões...