Lúgubre

Tudo transformou-me em uma imensidão de nada.

Nada tão profundo e Subjetivo.

Não que os olhos não vissem e,

por consequência não sentissem,

mas era um Profundo sentir:

era quase Imperceptível.

Tudo poderia ser visto.

Mas, tudo era vazio,

e nada, eu não poderia enxergar.

Respirando pó e alimentando-me do Vivo,

esta imensidão solitária e fria

lentamente consigo estava a me levar.

E tudo foi-se, transformou-se,

sem nem mesmo que eu me desse conta.

O tudo era nada, o fim da ponta

onde meu mundo Tênue se desmantelara.

Sem ver, sem sentir: exploraram-me!

Eu etéreo, clara bruma... Enterraram-me!

Tão calma, tão bela, tão ela... Padeci...

E eu que agora não mais era,

distante, longe - eu! - tornei-me Quimera

quando dei por mim: não estava mais aqui.

Larissa Maciel
Enviado por Larissa Maciel em 15/08/2013
Reeditado em 17/08/2013
Código do texto: T4435945
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.