Lúgubre
Tudo transformou-me em uma imensidão de nada.
Nada tão profundo e Subjetivo.
Não que os olhos não vissem e,
por consequência não sentissem,
mas era um Profundo sentir:
era quase Imperceptível.
Tudo poderia ser visto.
Mas, tudo era vazio,
e nada, eu não poderia enxergar.
Respirando pó e alimentando-me do Vivo,
esta imensidão solitária e fria
lentamente consigo estava a me levar.
E tudo foi-se, transformou-se,
sem nem mesmo que eu me desse conta.
O tudo era nada, o fim da ponta
onde meu mundo Tênue se desmantelara.
Sem ver, sem sentir: exploraram-me!
Eu etéreo, clara bruma... Enterraram-me!
Tão calma, tão bela, tão ela... Padeci...
E eu que agora não mais era,
distante, longe - eu! - tornei-me Quimera
quando dei por mim: não estava mais aqui.